sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

(...) e eu disse-lhe em segredo: não partas nunca mais

Parece que foi ontem que anunciaste a tua partida, porque foi quase ontem que anunciaste que ias partir de novo; não da mesma maneira mas a minha pele sentiu-o com a mesma intensidade, como se me estivesses a arrancar um penso, assim, sem anestesia.
Vais partir (outra vez) e eu vou ficar, não posso ir contigo porque isso ainda não está escrito nas palmas das nossas mãos, e eu vou-te perder para sempre. Não sei se possa dizer que te vou perder porque para perder há que admitir que alguma vez se teve, e tu, tu tiveste o meu coração nas mãos mas eu não sei se alguma vez tive o teu porque quem ama como eu amo, quem gosta como eu gosto, não deixa, não magoa e não mente. Tu cometeste estas três quebras mas eu não deixei de te querer mais por isso.
E agora, agora tu vais. Tu vais, eu fico, na incerteza se alguma vez ficaríamos no mesmo barco, na esperança que te lembres de mim e me guardes como alguém que valeu a pena.
Porque tu vales a pena. Tu vales o mundo.
Uma coisa eu sei, eu amo-te como nunca amei ninguém.
(Não vás, por favor!) "You will always be my thunder"

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Remind me why we decided this was for the best

E porque vais e vens, entras e sais, abraças e foges, e me deixas, aqui, na incerteza do voltar a ouvir um "estou aqui" teu. Isto porque a mágoa não passou, porque a tristeza não desabou, porque o amor não morreu.
Porque as feridas continuam inertes e os sentimentos cada vez mais fortes. Quantas vezes te disse que o tempo não sabe a nada?
Que o tempo não cura qualquer sentimento enquanto estiveres bem presente a sorrir-me?
Um dia, amor, um dia eu digo-te que o teu lugar é comigo; que as estrelas só irão voltar a brilhar quando os nossos lábios se voltarem a tocar e quando eu finalmente te possa dizer ao ouvido que te amo.
Um dia vais poder finalmente limpar o rasto das lágrimas que me queimam a pele durante a noite e vais poder sarar as cicatrizes do meu coração e trocá-las por novas memórias.
Oh amor, as cicatrizes ainda hoje sangram, sangram por ti e não para ti, porque não deixas, porque não queres, porque não ouves.
E eu estou cansada; cansada de viver sem ti, cansada de respirar o mesmo ar sujo e escasso que me deixa tonta com a tua imagem na cabeça, e, acima de tudo, cansada de me sentir cheia de saudades tuas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010