sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

6

6 meses, amor meu, 6 meses sem o teu calor humano.


{tu arrastavas a fala só para mim :' }

domingo, 22 de fevereiro de 2009

(Coração)

Porque é que agora tem de ser mais difícil fazer com que este orgão, (que em tempos tu ouvias atentamente), volte a bater com fundamento?
Porque sinto cada batida mais fraca e propositada à simples existência?
Como conseguiste levar também o batimento forte e audaz do meu coração?
Óh meu amor, porque já não o sinto?

Como tornei o meu sangue frio e meus olhos baços?
Como perdi todos os sentidos do meu corpo com um simples largar de mãos, com um simples virar de costas?
Levaste-me o quente, deixaste-me o frio.
Em cada parte do meu corpo que tocaste, tu deixaste o frio.
Como dói, como mata.
Vem, abraça-me e deixa a sanidade se apoderar do meu corpo, deixa o quente substituir o gelo do meu coração, rapidamente, antes que ele morra de tão pouco bater, antes que eu morra de tanto amar.


(Nem todos os textos têm de ser bonitos)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Castelo

Eu só te pedia pouco, de ti queria pouco.
Amor e presença, e chegava.
Era pouco comparando com o que eu te dei e estava disposta a dar.
Pouco, muito pouco.
Chegava para juntos construirmos um castelo.
O nosso castelo, à prova de qualquer tipo de desmoronamento.
E como seríamos felizes nesse castelo, onde as lágrimas eram lendas e a mágoa mito.
Onde me abraçavas tão fortemente quanto as paredes desse mesmo castelo.
Onde continuaríamos a sentir cada batida dos nossos corações, esses que juntos batiam aquela melodia, a nossa melodia.
Oh, como eu tenho saudades desse castelo, tudo tinha vida e, tu, eras a cor dos dias cinzentos.
Mas tu abateste esse castelo e deixaste-me, ali, no meio das pedras onde continuo ainda, à 5 meses e 23 dias, à espera que voltes e comeces a reconstruir o primeiro tijolo.

(Pedi-te amor e presença, mas no final nem presença me conseguiste dar)