quarta-feira, 30 de julho de 2008

Estou oca

Eu tentei.
Tentei despir os teus vestígios da minha pele.
Tentei fazer de conta que conseguia seguir em frente sem derramar nem mais uma lágrima.
Tentei olhar-me ao espelho e sorrir.
Tentei chamar-te passado.
Tentei encarar o sentimento como um desrespeito aos meus princípios.
Mas e depois?
Desde que te tive que nada na minha cabeça faz sentido.
Os meus príncipios evaporaram, a minha sanidade mental reduziu-se a pó.
Estou oca. Não tenho nada meu.
Conseguiste moldar-me à tua maneira, fazer de mim o que quiseste.
Já nada me resta.
Tenho a alma vazia.
Eu tentei. Eu cansei(-me) de tentar.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Uma voz

Vem comigo, vamos de encontro às estrelas, vamos construir o nosso mundo perfeito.
Partilharemos o mesmo ar, a mesma água.
Faremos promessas e juras de amor eterno.
Dormiremos sob as estrelas acolhidos pelo conforto dos braços um do outro, seremos felizes.
Viveremos o nosso próprio sonho, seremos um só.
Uma alma, uma voz, um corpo.
Hoje, amanhã e sempre.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Encontramo-nos na rua das almas perdidas?

Mais um dia..
Mais um dia sob a inexistência do teu sorriso, sem ti ao meu lado.
Deixa-me entrar na tua vida, no teu mundo.
Deixa-me ser importante, especial.
Deixa-me ser a tua dependência, assim como tu és a minha.
Não me deixes nas sombras da tua memória, na prateleira dos sonhos perdidos.
Dá-me vida dentro de ti, não deixes que a luz se apague.
Mas se um dia a chama desaparecer, encontramo-nos na rua das almas perdidas?

domingo, 27 de julho de 2008

Vazio por preencher

Entraste sem avisar, viraste o meu mundo do avesso e partiste.
E o que me deixas? Um enorme vazio por preencher, a eterna saudade por matar.
Roubaste a inocência do meu sorriso e transformaste-o na mais pura das lágrimas.
Já não sorrio mais porque estás comigo, choro sim porque estas ausente, e a tua ausência sabe a sentimentos vazios e sem sentido.
A tua ausência, amor meu, não é como os ventos passageiros que transmitem saudade, é sim como a constante dor permanente que o tempo não destrói.
Entraste sem avisar, viraste o meu mundo do avesso e partiste.
E agora?
Agora, a minha vida é como um puzzle incompleto.
A peça que me falta, és tu.

sábado, 26 de julho de 2008

(E as lágrimas caíram)

"Amo-te" dizias tu.
Palavras em vão pronunciadas, palavras esperançosas que eu acreditava serem sinceras.
Acreditava, porquê? Porque te amava também e me achava digna de ser correspondida.
Acreditava, porquê? Porque estava apaixonada.
Fizeste com que os meus sentimentos se soltassem, com que o meu coração se abrisse. Eu libertei-me por ti, ignorei as feridas do passado e deixei-me levar.
"Amo-te" dizias tu.
E eu flutuava. Flutuava entre cada palavra, cada sílaba.
No entanto, foram palavras perdidas, sentimentos rasgados e feridas (re) abertas.
Tu não me amavas.
(E as lágrimas caíram)
Foi jogo sujo da tua parte, levaste-me a crer que valia a pena nos libertarmos por alguém, e no entanto não era verdade.
(E as lágrimas continuam a cair)
Já passou algum tempo (muito, como tu dizes), mas eu ainda (te) sinto como da primeira vez.
Cada lágrima caída foi como uma facada no peito (ou talvez mais dolorosa).

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Olha para mim

Olha para mim.
Consegues sentir?
Sentes o meu coração a bater mais depressa a cada passo de aproximação do teu corpo? Consegues ver o brilho nos meus olhos a cada palavra que (melodiosamente) sai da tua boca? Sinto a (tua) falta, amor meu. A falta da tua presença em mim.
Olha para mim.
Não vês (entre as minhas lágrimas) o desejo de te envolver entre meus braços enquanto te murmuro as tais palavras doces que tu tanto gostas de ouvir?
Não vês (entre as minhas lágrimas) a necessidade de te consumir de corpo e alma e assim permanecermos o resto das horas vazias?
"Adoro-te mais que ontem e menos que amanhã"
Não, eu (ainda) te amo.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Dá-me a mão

Anda, dá-me só um dia ao teu lado, um dia por minha conta, um dia para te mostrar como é possível a felicidade plena comigo. É possível? Sim é, basta acreditar. Eu acredito, e tu? Acreditas em nós?
Acreditas que juntos conseguimos chegar ao fim do mundo impunes de qualquer maldade?
Acreditas que se dermos as mãos e avançarmos contra o mundo, nada nos pode parar? Só depende de nós.
Dá-me a mão, eu levo-te a conhecer os confins do mundo, levo-te a conhecer o verdadeiro significado do Amor.
Levo-te a conhecer o meu próprio paraíso, aquele em que eu vivo quando não me encontro absorvida no teu mundo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Perdoa-me

Ainda guardo comigo cada recordação de "Nós". O primeiro beijo, o primeiro toque, o primeiro abraço, a primeira conversa. Sou invadida por um misto de emoções acompanhadas por um tremor (confortante) quando recordo o gesto da tua mão encostada sob a minha face. Fraquejo ao navegar nestas trémulas memórias.
Bato no fundo. Como é possível fazeres tanta falta?
Perdoa-me. Perdoa-me a fraqueza. Perdoa-me o não ser suficiente para ti.
Perdoa-me o simples facto de não conseguir fazer-te amar-me.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Virar a página

É estranho como tudo mudou, como de repente (sinto que) perdi o calor do teu conforto e da tua presença. (Talvez) O teu abraço deixou de ser sentido e o teu "Adoro-te" tão verdadeiro. Os sorrisos deram lugar ás lágrimas, os sonhos passaram a pesadelos penosos e obscuros.
Mudou? Não. Mudaste.
E sabes que mais? Eu não consigo virar a página. És o pecado dos meus sonhos, das minhas fantasias. Tornei-me dependente do teu sorriso, teu olhar.
Despertaste o amor em mim e no entanto sem intenção de corresponder.
Ainda (te) sinto.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Vale a pena esperar?

Espero pelo dia em que vais voltar.
Espero pelo dia em que te vou envolver nos meus braços (de novo).
Espero pelo dia em que tudo não passará de um sonho.
Espero pelo dia em que dependeremos dos dois para respirar.
Espero pelo dia em que vamos passear na praia á noite.
Espero pelo dia em que vais pronunciar as palavras.
Espero pelo dia em que não vai ser mentira.
Vale a pena esperar?
Tiveste-me na palma da tua mão (ainda tens!)