quarta-feira, 30 de julho de 2008

Estou oca

Eu tentei.
Tentei despir os teus vestígios da minha pele.
Tentei fazer de conta que conseguia seguir em frente sem derramar nem mais uma lágrima.
Tentei olhar-me ao espelho e sorrir.
Tentei chamar-te passado.
Tentei encarar o sentimento como um desrespeito aos meus princípios.
Mas e depois?
Desde que te tive que nada na minha cabeça faz sentido.
Os meus príncipios evaporaram, a minha sanidade mental reduziu-se a pó.
Estou oca. Não tenho nada meu.
Conseguiste moldar-me à tua maneira, fazer de mim o que quiseste.
Já nada me resta.
Tenho a alma vazia.
Eu tentei. Eu cansei(-me) de tentar.

1 comentário:

Emanuel disse...

Ai que a menina vai para poeta!